A ideologia do Haiti e os kids pretos.

A chamada “Ideologia do Haiti” – o uso massivo de forças militares, em especial dos “Kids pretos” – contra a população civil, numa evidente confusão entre “Defesa” e “Segurança”, tem sua origem no Western Hemisferic Center of Security Cooperation, antiga “Escola das Américas”, em Fort Bening, nos EUA. A doutrina previa transformar os exércitos latino-americanos em força policial para consolidar as políticas de repressão ao narcotráfico, ao contrabando e a migração de “indocumentados”. Assim, o custo social de tal repressão ficava fora dos EUA, não criando tensões raciais e sociais no interior dos EUA. Da mesma forma, o pretenso heroísmo do Haiti desempenhou um papel na gestação do golpe bolsonarista idêntico ao papel da FEB para o golpe de 1964. Ocorre que a FEB de fato lutou, e morreram por isso , contra o fascismo. Os kids pretos lutaram contra um povo pobre, negro e faminto.

Chico Teixeira UFRJ.

Livro novo: O Profeta, o Califa e o Terrorista

 

Livro novo!

O Profeta, o Califa e o Terrorista

 

𝑺𝑶𝑩𝑹𝑬 𝑶𝑺 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑬𝑺

𝑭𝒓𝒂𝒏𝒄𝒊𝒔𝒄𝒐 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑻𝒆𝒊𝒙𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒂 𝑺𝒊𝒍𝒗𝒂 – Professor titular de História Moderna e Contemporânea da UFRJ, professor de Teoria Social da UFJF e professor titular visitante da Unimontes. Formou-se em História e Educação na UFRJ, fez mestrado na UFF e doutorado na UFF/Freie Universität Berlin (FU). Possui pós-doutorados em Ciência Política e História pela Technische Universität Berlin (TU Berlin), USP e Università di Roma La Sapienza. Desenvolve pesquisas nas áreas de desenvolvimento social e sociedades agrárias, relações internacionais, defesa e segurança internacional, tendo lecionado e dirigido pesquisas na Escola Superior de Guerra (ESG), Escola de Guerra Naval (EGN) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército do Brasil, onde é professor emérito. Foi assessor de Estratégia Internacional do Ministério da Defesa, em Brasília. Possui inúmeras condecorações, como o grau de Cavaleiro da Ordem de Tamandaré, pela Marinha do Brasil. Em 2014, ganhou o Prêmio Jabuti em Ciências Humanas.

𝑲𝒂𝒓𝒍 𝑺𝒄𝒉𝒖𝒓𝒔𝒕𝒆𝒓 – Professor livre-docente da Universidade de Pernambuco e investigador Maria Zambrano da Universidade de Vigo. Formou-se em História pela UPE, com mestrado na UFRPE e doutorado em História Comparada na UFRJ, com estágio de pesquisa na Freie Universität Berlin (FU). Realizou estágio de pós-doutorado na Universidade do Porto, na Freie Universität Berlin e na Universidade de Vigo. Desenvolve pesquisas na área de História do Tempo Presente, com ênfase no ensino da história do Holocausto e traumas sociais coletivos. Foi bolsista no Yad Vashem para estudos sobre o ensino do Holocausto, consultor do Memorial do Holocausto do Rio de Janeiro e colabora com projetos no Departamento de Educação do Museu do Holocausto de Curitiba. Possui inúmeras publicações na área da história do Holocausto e temas sensíveis em editoras nacionais e internacionais, como Civilização Brasileira, CEPE, Altabooks, Gruyter (Alemanha), Peter Lang (Alemanha), Comares (Espanha), entre outras. Em 2014, ganhou o Prêmio Jabuti em Ciências Humanas.

Honraria “Doutor Honoris Causa”

 

 

É com forte emoção e profunda gratidão que recebo o título de “Doutor Honoris Causa” concedido pela Universidade Federal de Sergipe.

Foi lá, em 1976, que comecei minhas pesquisas em arquivos e cartórios, sob orientação de Maria Yedda Linhares, na busca de respostas sobre as origens da miséria e das desigualdades sociais que, infelizmente, ainda marcam – hoje bem menos pela sabedoria do voto livre – a realidade brasileira.

 

Obrigado UFS!

 

 

 

 

 

Risco de Bolsonaro II

A situação mundial só se agrava com esse estúpido atentado contra Trump. É já passada a hora da Justiça brasileira despertar do seu “sono esplêndido”. O general projeto de tirano da Bolivia já está na prisão. Bolsonaro tentou quatro vezes o golpe de Estado no Brasil. Em 07/09/2021, em 30/10/2022, em 12/12/2022 e em 08/01/2023. Continua, no entanto, como um “grande eleitor”, cabo eleitoral ativo do fascismo . Continuo afirmando: a leniência e a lentidão da Justiça brasileira em condenar Bolsonaro por sequer uma de suas muitas atrocidades – crimes contra saúde pública durante a pandemia; enriquecimento ilícito; estelionato; falsidade ideológica ( como no caso dos atestados de vacina); golpe de Estado; conspiração para golpe de Estado; apropriação indébita de recursos públicos; tráfico internacional de bens públicos; contrabando; peculato; crime contra a Receita Federal; genocídio contra os yanomamis; formação de quadrilha para descumprir a Constituição; ameaça contra opositores; apologia da tortura entre tantos outros, ensejará, com apoio de Milei e Trump, um terrível e vingativo segundo mandato de bolso-fascismo, do qual, desta feita, não teremos a mínima certeza de saída nos próximos 20 anos. Bolsonaro deve imediatamente perder o “réu primário” e tornar-se “ficha suja”. Basta de leguleio e logorreia jurídica. Bolsonaro na cadeia já!